sexta-feira, 1 de maio de 2009

Last film

Pois é, o nosso curso já está quase a acabar. Não era para filmar mais nada, mas há 2 dias escrevi algo que me agradou e decidi filmar ontem, sendo que hoje estou de directa.
Gosto particularmente do monólogo, a realização... já se viu melhor, também não havia muito espaço para grandes invenções.



Mas estando este curso já no seu final, está na altura de conhecer alguma coisa deste país. Isto porque praticamente, não vimos nada desde que aqui estamos. San Francisco, San Diego, Las Vegas, Phoenix e Grand Canyon são os principais destinos. Parece-me muito bem, para voltar a Tugal cheio de força.

Um forte abraço para vocês, vemo-nos em breve. Esperamos continuar a partilhar as nossas aventuras, mas em caso de imposibilidade, não se preocupem que estamos bem com certeza.

F.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Policia mas não police..

Olá caríssimos Tugas,

Aqui estou eu de novo. Depois de algum tempo fora desta blogesfera, volto para vos dar conta de um acontecimento em 2ª mão. Sim, porque enquanto lavava os dentes depois de vir do dimples o belo do Fran, Xico seguia doido nesta caminhada literária.

O que vos tenho a dizer é que somos uns grandes bosses. Senão atentem.. quem é que é o povo que se safa sempre no matter a situação em que se encontre? Poisé, o tuga só papa grupos.

Vinhamos nós de mais uma noite de copos quando vejo uma mota e um carro patrulha a passear no sentido contrário ao nosso. Vai dai, mando um 'iná policia' nuns décibeis elevados. Eis senão quando olho de novo para a estrada e realizo que o mesmo carro patrulha está de frente para nós.

Eins senão quando o ilustre senhor de azul escuro pára num semáforo. Passamos por ele(S) e obtemos a seguinte comunicação: 'hey, where are you coming from? Do you have any drugs in your pockets?'.

O safas disse que sim.. O policia saiu do carro e pediu para mostrar os bolsos. Educadamente, pedi para não ir por ai.. não valia a pena. Porquê perder tempo com os portugas se around, tão perto, tinha mexicanos ainda a respirar.. Bom, escusado será dizer que perdemos a cabeça.

Depois de alguns mortais com flick flack à esquerda e de muitos litros de sangue escorridos, lá nos deixaram ir.. estava a ver que me tinha de chatear! Não tive..

Chegados a casa, aqui vem a pizza. Adorava dialogar mais com vocemeceses mas a minha vida não é só bola.. as fatias chamam por mim.

um beijo drógádo
d.

Um tiro no escuro

Vamos por partes:

Outro dia fui ao Ciao Cristina comer algo e escrever um bocadinho. Para aqueles que, inacreditavelmente, ainda não sabem, o Ciao Cristina é (ou era) um dos nossos sítios de eleição. Todo o staff lá sempre foi impecável, com uma simpatia inexplicável. Um óptimo sítio para comer e para estar. Mas voltando ao assunto. Fui lá "hang around". E, vindo do nada, o dono veio ter comigo. Tinhamos estado lá no dia anterior. Eu, o Dvd e um "classmate" dele. E, completamente sem intenção, deixamos uma tip de qualquer coisa como 2 Dollars. Sim, em Portugal é normal (na classe média, at least), mas cá começou-se a sentir um certo feeling de grandiosidade. Anyway. Estava lá eu sentado, à espera do Sam (o meu fiel D.P.) e o tal senhor veio a meu encontro. E sem grande preparação, rematou: "Was anything wrong with the service yesterday?". E eu, educadamente e com grande justiça, respondi: "No, everything was great. Why?". E ele respondeu: "Well.. You only left a 2$ tip, so... You know, this isn't exactly Europe". Fiquei branco. Por momentos, não sou muito bem se havia de o mandar where the sun doesn't shine, se o quê. Mas pronto, caí em mim e fui mais do que este senhor e desculpei-me. Comecei a pensar sobre o assunto, percebendo que não havia muito sobre que me desculpar. Foi uma atitude que revelou (e muito!) o caracter deste dono. E atenção que não tem nada que ver com o dinheiro, até porque somos clientes que gostamos de demonstrar o nosso afecto, quando bem servidos. O tipo de cliente que, sem ter muito dinheiro, prefere gastar um bocadinho mais e ser bem servido.
Por isso, como devem imaginar, esta "dica" não caiu muito bem.

Mas continuando. Hoje fomos ao Dimples. E, supostamente, íamos lá para tentar filmar lá o "nosso" final project. E a razão pela qual realço o "nosso", é porque o meu final project é diferente do Dvd. Este meui final project foi apenas um "momento" do Dvd, que me deu uma ideia para um filme. Anyway. Fomos lá com este objectivo e, já longe deste mesmo, começámos a falar com um senhor. (que, mais tarde, percebemos que trabalhava lá). Um argentino que vive aqui há qualquer coisa como 16 anos. Tivemos várias conversas, todas muito interessantes, porém irrelevantes para este texto. A meio, ainda nos ofereceu um Zippo (God knows why), que tinha uma mensagem muito especial, uma certa referência ao guião que o Dvd está a escrever. Quando este senhor se preparava para ir embora, abordei-o finalmente, para perceber se era muito complicado filmar ali. E mal sabia eu o quão fácil é. Sim, tudo tem um custo. Mas quando esse custo é reduzido, tudo se torna mais fácil. Pelo meio (e sempre muito assediados visualmente), ainda encontrámos uma possível actriz.

A caminho de casa, ainda fomos abordados pela polícia. Queriam saber de onde tinhamos vindo e se tinhamos droga no bolso. Enfim, pura ingenuidade. Mas sempre é uma história a contar.

Foi uma boa noite, a acabar uma boa semana.

É incrivel como no meio de tanta coisa má (ou irrelevante), acabamos por descobrir algo muito bom.

Espera-se ansiosamente por futuros projectos.

Yours truly,
F.

domingo, 12 de abril de 2009

Aquece a Alma

'Não a deixa passar pela porta de entrada primeiro, não em tom rude de quem não tem maneiras, mas pelo simples negar que as boas maneiras se dedilhem em atitudes pequenas. Passa, entra, e agarra a porta que acompanha o movimento de entrada quase poético dela. A porta fecha-se atrás dela, e ele em comoção olha-a, o seu sorriso quase cheio, sincero, arrepiante. Ela imobiliza-se esperando que ele continue as passadas em direcção as bilheteiras. Trocam palavras rasas e esperam numa fila demasiado longa, para um cinema de projecção de ciclos cinematográficos. Desta vez, 'Roman Holiday'. Olhando em seu redor, Will parece perplexo em como mais ninguém sente necessidade de a despir com o olhar, não pelo seu físico, mas pela a maneira como espera, a maneira como olha as coisas, a maneira como absorve toda a energia do ar, sugando a sua energia e a dos outros, sem que ninguém se aperceba. A não ser claramente ele. Com o olhar consegue criar novas cores na sua mente, cores que se dissipam com a sua ausência, e das quais não guarda lembrança depois de se separarem. Sorri, e ela repara. Faz-se silêncio entre eles enquanto um casal atrás fala do filme que irá ser projectado, com ênfase e intensidade, o senhor crítica com quase ridicula paixão as técnicas do realizador. Agora é a vez de ela sorrir. "If life were only like this", diz quase num murmúrio. "He's spitting on my neck", diz ele por sua vez. E aí ela explode numa gargalhada furiosa, contraditória de toda a sua figura. Uma gargalhada rouca, severa, intensa. A antítese do seu físico, mas uma gargalhada que só sobressai a sua beleza, pureza. Uma gargalhada genuína. Ficam na fila por mais uns minutos, em silêncio, até que chegam á sua vez. É ela que faz o pedido, diz nome do filme e realizador. É ele quem paga. Em direcção á banca das pipocas ela passa o braço por cima do ombro dele, em jeito de amizade simples, cumplicidade eterna. Sorri, parece prestes a rebentar de euforismo. Mas chega ao senhor das pipocas e contem-se, altera-se e volta a ser a mulher contida de sempre. Ele de frente para o senhor das pipocas e ela vira-se de repente de frente para ele, observando-o a fazer o pedido, como se observasse um pianista a aprender uma partitura mais dificil que as restantes. Com dobrada atenção, chega até a semicerrar os olhos, nunca deixando de sorrir. Will, em tom de provocação não a olha, limitando-se a ficar em silêncio de frente para o senhor das pipocas sem nada ter pedido ainda. Este totalmente carrancudo alterna o olhar entre ela e ele, ele e ela, sem expressão, vazio, com exagerada antipatia. É a vez dele soltar uma gargalhada, controlada, cínica perante a secura do homem das pipocas e a observação atenta de Lucy. Pede, entram, e sentam-se. Não dizem palavra, não tocam nas pipocas. '
Madalena Tavares
manena-
d .

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Miles Away

"Meus meninos",

Aqui está o meu mais recente filme. Não deixa de ser um "student film", filmado com uma camera digital e com um som muito fraquinho, mas foi um bom exercicio para mim.
Sempre foi um projecto muito ambicioso e com certeza o resultado seria bem melhor com mais tempo, mas aqui tira-se proveito ao máximo de todos os minutos.



Espero que gostem,
F.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

America

Good morning Lisboa,

It's been a while. Por aqui a vida é atarefada. Eu e o Dvd começámos esta semana a trabalhar num guião para eu filmar no próximo fim-de-semana. Era um trabalho que ele tinha, que eu peguei e quis tornar num short-film. Está interessante, diferente. Vamos ver se o produto final corresponde. Hoje é dia de ir passear aqui à volta, ver locations e, mais tarde, trabalhar com os actores.

Falando de lazer. Ontem fomos mais uma vez ao Dimples, nosso sítio de eleição. Sempre uma grande festa. Depois de cantar o My Way, o senhor de lá, o que mete as músicas (que deve ter os seus 185 anos) até me ofereceu uma bebida, depois de cantar. Disse que era a sua música preferida. Depois mostrou-me uma parede cheia de fotografias, com uma do Sinatra, assinada. Motivo de grande orgulho, claro está.

Mas para que percebam que o nosso país não é assim tão mau como o pintam, notem a ignorância de grande parte desta população:
Num dos primeiros dias aqui em Burbank, fomos a uma casa de Hot-dog aqui perto. Quando iamos para pagar, o jovem que lá trabalha percebeu que eramos estrangeiros (e que não eramos mexicanos, se é que são considerados estrangeiros aqui) e perguntou de onde eramos. Portugal, dissemos. Hmm. E perguntámos o que era cada moeda americana, porque eles têm imensas moedinhas. E ele ficou algo confuso, "Então e vocês lá têm o que?", ingénuo. "O Euro", dissemos nós. Ficou estupefacto. Prometemos voltar lá com umas moedas da nossa comunidade europeia. Bom, quanto a isso, há de ficar à espera até irmos embora. Já lá fomos umas quantas vezes e esquecemo-nos sempre. Mas ontem fomos à noite e o nosso querido David decidiu estabelecer contacto, enquanto esperava por mim nas mesas lá fora. E, quando perguntado sobre onde era Portugal, qual quê. "Espanha"? Tão pouco, o mais próximo disso só mesmo a lingua falada pelos colegas de trabalho. "Europa??". "Ahh, sim. Já ouvi falar". Já ouviu falar??
Como podem ver, ao menos nós sabemos perfeitamente o que há lá fora. Se calhar nós é que estamos mal. Ao menos eles vivem numa realidade. O problema disso, é que não ambicionam mais do que não podem ter, mantêm-se estagnados. This is America. Tanto de bom, como de nulo.
Bom, hoje é dia de trabalho.

and in case I don't see ya, good afternoon, good evening, and good night!
F.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Instinct - Re-edit

Ora aqui está uma versão melhorada. A história continua a mesma, sem grande interesse. Só removi 30 segundos do filme, com umas dicas da velha sabedoria do "velho".

O menos mal,
F.